HISTÓRIA DO PERFUME
Origem do perfume
A palavra perfume é
derivada do latim per fumum, que significa por meio da fumaça. Na
Antigüidade, um perfumista era considerado um encantador, cujo
conhecimento sobre a alquimia era empregado para criar incensos sagrados
capazes de elevar o espírito, ligando a psique humana ao poder divino.
À
medida que cura e religião estavam interligadas, a defumação de pessoas
doentes era uma prática comum para exorcizar os espíritos malignos.
Durante
toda a Antigüidade, a resina de olíbano, extraída de árvores que
cresciam no sudoeste da Arábia, foi amplamente comercializada. Era
considerada uma substância suprema capaz de alterar o humor, o mais
sagrado dentre os insensos sagrados. Atualmente, o olíbano é ainda
queimado em igrejas católicas. Em 1981, cientistas alemães investigaram
registros de que coroinhas estavam ficando viciados nessa substância.
Descobriu-se que quando o olíbano era queimado produzia a
traidocanabinole, uma substância psicoativa conhecida por provocar
estranhos efeitos sobre a imaginação.
Perfumes no antigo Egito
Foi
no antigo Egito que o uso dos aromáticos atingiu seu auge. Conta-se que
os curandeiros egípcios eram tão reconhecidos por suas habilidades que
sábios e médicos de todas as partes do mundo antigo dirigiam-se ao Egito
para estudar medicina, perfumaria e os Mistérios.
O
incenso mais famoso é o Kyphi, uma mistura inebriante e luxuriosa
formada por no mínimo dezesseis ingredientes, sendo que alguns continham
substâncias narcóticas e alucinógenas. Quando o túmulo de Tutankamon
foi escavado em 1922, um pequeno vidro de ungüento foi encontrado, e,
embora tivesse milhares de anos de idade, ainda era possível sentir o
cheiro de olíbano e nardo.
Perfumes na Europa
Por volta do século 12, os "perfumes das Arábias" eram famosos em toda a Europa, pois os cavaleiros das cruzadas levavam para casa não somente perfumes caros e exóticos, mas também conhecimento necessário para destilá-los.
Na Itália do século 16, uma nobre família romana -Frangipani- criou um perfume que existe ainda hoje e leva seu nome, que é umperfume tenaz, similar ao aroma de uma espécie de flor indiana.
Foi
a princesa italiana Catarina de Medici, na segunda metade do século 16,
que iniciou a produção de fragrâncias florais em Grasse, no sul da
França. No século seguinte, Grasse tornou-se o renomado centro da
fabricação de perfumes,
um título que possui até hoje. É um fato comprovado que perfumistas
freqüentemente se apresentavam imunes à peste, o que levou ao
desenvolvimento do infame "Vinagre Quatro Ladrões", uma mistura de alho e
essências de plantas aromáticas em uma suspensão de vinagre, assim
chamada devido a um quarteto de ladrões que durante a grande peste, em
Marselha, em 1722, borrifavam em seus corpos tal mistura antes de
saquear os cadáveres vítimas da peste.
Todos os quatro sobreviveram para se gabar da façanha e continuaram a pilhar impunemente!
Os primeiros perfumes feitos
utilizando-se a mistura de fragrâncias sintéticas e naturais foram
formulados no final de 1880, pelo francês Paul Parquet, que produziu
clássicos como Fougère Royale e Parfum Idéal.
Fonte: www.ufsm.br
HISTÓRIA DO PERFUME
Ao
penetrarem pelas narinas, os aromas encontram o sistema límbico,
responsável pela memória, sentimentos e emoções. A sábia Cleópatra
seduziu Marco Antônio e Julio César usando um perfume à base de óleos extraídos das flores.
Nos tempos mais
remotos, os homens invocavam os deuses por meio da fumaça. Eles
queimavam ervas, que liberavam diversos aromas. Foi neste contexto que
surgiu a palavra "perfume", em latim "per fumum", que significa "através da fumaça".
A história do perfume remonta
há três mil anos e as lendas que envolvem sua criação vão mais longe
ainda. Foi na Índia e na Arábia que surgiram os primeiros mestres da
perfumaria. Ali já havia sido criada a água de colônia, obtida pela
maceração de pétalas de rosas.
Os árabes não só compreendiam e apreciavam os prazeres dos perfumes, mas também tinham conhecimentos avançados de higiene e medicina.
Eles produziram elixires partindo de plantas e animais com propósitos cosméticos e terapêuticos.
Por volta do século X, Avicena descobriu a destilação dos óleos essenciais das rosas, e assim criou a Água de Rosas.
Depois veio a Eau de Toilette, feito para a rainha da Hungria.
No século XIX o perfume ganha novos usos, como o terapêutico, por exemplo.
O esplendor da perfumaria florescia com a renascença. Foi então, na Europa que o perfume desenvolveu
e se popularizou. Mesmo feito ainda de forma artesanal desempenhava sua
forma social como parte dos luxos diários e necessários de toda mulher,
encantando com suas doces fragrâncias e charmosos frascos, capazes de
transformar os perfumes até os dias de hoje, em verdadeiros objetos de desejo.
Foi nessa época que Paris se tornou uma referência mundial em produção de fragrâncias e perfumes, e fez com que os perfumesfranceses conquistassem o mundo. Hoje os perfumes se dividem em alguns tipos.
Tipos de pefumes mais comuns:
Eau de parfum: mais
fraco, tem, em sua composição, de 10% a 20% de concentração de
essências e seu efeito de fixação chega a 12 horas. Bastam algumas gotas
em lugares estratégicos como a nuca, atrás da orelha e atrás do joelho,
para você ficar perfumado o dia todo;
Eau de toilette: Com
fragrâncias mais discretas são perfeitos para serem usados em climas
tropicais com o goiano. Sua fixação não passa de oito horas, e mesmo
assim, em dias mais quentes. Sua concentração de essência varia entre 6%
e 12%;
Eau de cologne: Excelentes
para o nosso clima, também podem ser usados durante o dia. Seu poder de
fixação não dura mais do que cinco horas e a concentração fica entre 5%
e 8%;
Deo colônia: O mais suave dos perfumes tem
o mínimo de concentração de essência, chegando ao máximo de 10%, sendo
sua fixação de duas a quatro horas, com algumas exceções que chegam a
até 8h.
É comum o mesmo perfume apresentar
cheiros diferentes quando aplicado em pessoas diferentes. Isso porque,
os odores corporais são únicos, sendo resultado da alimentação, das
características pessoais, dos lipídeos e ácidos graxos que a pele exala.
A temperatura da pele interfere diretamente na vaporização do perfume, e portanto no cheiro que ele exala.
Hoje sabemos que o perfume é capaz de revelar a personalidade das pessoas, bem como sua classe social. De fato, o perfume é
muito mais do que um prazer dos sentidos. É também uma mensagem, algo
do próprio ser humano, projetando no exterior seu "eu" profundo, seus
gostos, suas aspirações secretas.
Atualmente, a indústria se desenvolveu a tal ponto, que esse aroma é obtido sinteticamente. O perfume Chanel nº 5 deu início a um boom no uso dos aldeídos na fabricação de perfumes. Outro mérito da perfumaria foi reforçar a associação entre o uso do perfume e
o jogo de sedução. A discussão ganhou fôlego na década de 50, quando a
atriz Marilyn Monroe declarou que usava apenas uma gotinha de perfume para dormir. Mas a relação entre aroma agradável e apelo sensual vem de épocas remotas.
São necessários entre 6 a 18 meses para criar um perfume. É um período mágico em que as matérias primas se transformam em odor.
O perfume através dos tempos!
1900 - A
atriz Sarah Bernhardt representa as mulheres pálidas e românticas da
época. Martirizadas pela moda vitoriana, buscavam alívio nos aromas
refrescantes e suaves das colônias florais.
1910 - O estilista Paul Poiret foi o primeiro a colocar em sua maison uma linha própria de perfumes. A partir de então, a conexão entre moda e perfume jamais seria desfeita. No cinema, Theda Bara idealizava a mulher fatal.
1920 - Gabrielle
Chanel seria responsável por uma revolução no mundo da perfumaria e da
moda. Ela marcou a década com seu estilo único, apostando na sobriedade e
no conforto, e com o lançamento do perfume Chanel nª 5.
1930 - Greta
Garbo, Katharine Hepburn e Jean Harlow dominavam as telas de cinema.
Contrariando os tempos de crise, o estilista Jean Patou lançou Joy, o perfume mais caro do mundo.
1940 - Paris
era a capital do luxo e Nova Iorque ditava o contemporâneo. Hollywood
virou a fábrica de sonhos. Os cabelos de Rita Hayworth inspiravam a moda
e as curvas de Mae West motivaram a criação do perfume Femme de Rochas
1950 - A sofisticação e a inocência de Audrey Hepburn foram traduzidas no perfume L'Interdit.
Chanel nº5 ganharia a mais célebre das garotas-propaganda, que confessava dormir apenas com algumas gotas do perfume: Marilyn Monroe.
1960 - Os
Beatles e os Rolling Stones embalavam o pop dos anos 60. Surgiam as
minissaia e a modelo Twiggy, musa da extrema magreza. As grandes
mudanças de comportamento eram marcadas por fragrâncias que evocavam a
liberdade.
1970 - A
quebra de toda a sorte de tabus era prenunciada na década na qual as
mulheres clamavam por sua individualidade. A tendência oriental na
perfumaria seria imortalizada com o lançamento de Opium.
1980 - Fragrâncias
mais densas acopmanhavam o clima de competitividade sem limites.
Madonna inspirava o corpo "construído" nas academias e Jean Paul
Gaultier chocava nas passarelas com sua moda provocativa.
1990 - A década foi marcada pela globalização e pela interatividade e a perfumaria por dois ícones: o unissex CK One e o saboroso Angel. A moda voltava-se para o minimalismo.
2000 - Os perfumes do
Novo Milênio parecem revelar os anseios da nova era com nomes
sugestivos e personalidades distintas. Um universo que não tem fim.
Futuro - Não
há limites para a imaginação dos criadores. As plantas, as águas e até
mesmo o espaço podem ser fonte de inspiração para a perfumaria do
futuro.
Oriundos de uma tradição de muitos séculos, os perfumes franceses representam hoje uma boa parte das exportações mundiais, e quatro dos oitos maiores grupos do setor são franceses;
O perfume é um produto de luxo em constante democratização e um setor em fase de grandes transformações há alguns anos;
Na França, nove mulheres sobre dez e um homem a cada dois se perfumam
Elaborados por
criadores inspirados (os famosos "narizes" que sabem misturar as
essências), acompanhando as últimas descobertas da química e a evolução
das caras matérias primas naturais, cuidadosamente embalados, batizados
com nomes significativos, assinados pelos nomes mais famosos da moda,
os perfumes também estão se democratizando, agora presentes nas prateleiras das grandes redes de distribuição.
Em 1992, Al Pacino emocionou as platéias com o filme “perfume de
Mulher”, em que interpretava um militar reformado cego, capaz de
identificar a personalidade e o tipo físico das mulheres de quem se
aproximava pelo perfume que estavam usando.
Existem várias lendas que envolvem o surgimento do perfume. Uma delas relata que o perfume foi
uma criação da Deusa Vênus (mitologia Grega), que certa vez teria
ferido o dedo e dele caído uma gota de sangue sobre uma rosa. Cupido
(Deus do Amor) por sua vez, beijou a rosa e teria selado a alquimia,
transformando o sangue de Vênus em fragrância.
Registros
históricos afirmam que a Babilônia queimava 26 mil quilos de incenso por
ano para acalmar a fúria dos deuses. Acreditando que os aromatizantes
garantiam a eternidade do corpo e do espírito, os antigos egípcios
usavam essências perfumadas no ritual de embalsamamento. Testemunhos das
primeiras profanações dos túmulos dos faraós afirmam que os ladrões
procuravam as essências utilizadas na mumificação, fazendo pouco caso
das jóias e objetos de ouro.
Com o Renascimento, os hábitos de higiene é que são cada vez mais descurados, e o aroma do perfume utiliza-se
para disfarçar os maus odores. Na época barroca achava-se
inclusivamente desnecessário o banho, uma vez que a existência do perfume permitia
dispensá-lo. Para o mau hálito, receitava-se a ingestão de anis, funcho
e cominho logo ao pequeno-almoço, e cardamomo e alcaçuz se a intenção
fosse seduzir uma jovem. Os cabelos podiam ser aromatizados com a ajuda
de almíscar, cravo-da-índia, noz-moscada e cardamomo.
Na origem dos perfumes estão as flores e algumas essências animais como o almíscar e o âmbar. É graças às flores que a verdadeira capital dos perfumes na
França não é Paris, mas Grasse, na Côte d’Azur. Um lugar onde há vários
séculos são cultivados as rosas, o jasmim, a lavanda, as íris e a
mimosa, assim como as plantas aromáticas das quais se extraem essências.
Apesar das
dificuldades e das diferentes localizações, a tradição persiste em
Grasse. É lá que a Robertet fabrica, em especial, essências sob medida
para a clientela do Oriente Médio, que chega a pagar de 3.000 a 5.000
francos (600 a 1.000 dólares) pelo litro de composições onde são
misturadas as essências mais nobres
Para que um perfume venha
a nascer, é preciso de fato misturar várias dezenas de essências, e
escolher o que os especialistas chamam de "nota de cabeça" - o odor que
se percebe imediatamente -, uma "nota de coração", que dá sua
característica ao perfume,
e uma "nota de fundo", que fixa o conjunto. Da mistura entre noas
fruitées (de frutas) ou verdes, de madeira, florais ou animais, nascerá
o perfume.
Alguns deles estão ligados a uma maison como Jean-Paul Guerlain,
criador do Samsara, outros criam para uma marca, como Jacques Cavalier
ou Jean Guichard, de Grasse.
“O que todo ser humano procura, mais ou menos inconscientemente de um perfume, é o que faz com que se pareça consigo mesmo e, no entanto, o distingue de todas as outras pessoas”
Fonte: www.unioeste.br